domingo, 21 de setembro de 2008

O "PODER" PÚBLICO



O Poder Público, no papel de gestora de nossos recursos, tomados de nossos salários na mão grande e do qual não vimos um retorno satisfatório, sempre deixou a desejar em todos os setores em que ele deveria se responsabilizar, desde a manutenção do mobiliário urbano até a segurança através de constante renovação desse material. O que veremos nas fotos abaixo é o total descaso com o bem público e com a segurança dos cidadãos e a total falta de vigilância para evitar que isso chegue nesse estado.
Esse poste para placas de sinalização ficava no entrocamento da Av. das Américas com a Ayrton Sena, ao lado do Terminal de Ônibus do Alvorada. No início de 2007 eu já havia enviado um e-mail para a CET Rio alertando-os para o perigo iminente devido ao alto nível de deteriorização do citado poste, mas nem uma resposta ou registro automático recebi. Todas as vezes em que passava alí eu olhava aquilo e notava que a cada dia ficava pior. Até que no início desse ano fui lá e fiquei aterrorizado com o estado em que encontrei o poste (veja os detalhes na foto 3), com corrosões profundas em três pontos, além de uma das bases estar totalmente comprometida!
Tirei essas fotos e enviei para a redação do jornal O Globo, após falar com um dos jornalistas. Ele enviou um reporter e um fotógrafo e publicaram um pequeno texto com uma foto semelhante á primeira. Duas semanas depois, quando voltava para casa de madrugada, eu vi alguns funcionários trabalhando na área, mas não me toquei o que era; somente no dia seguinte, passando novamente por ali eu notei que o poste não estava mais lá. Lógico que fiquei exultante, pois além de ser o responsável por aquilo, eu fiquei aliviado de livrar a cidade - eu incluido, lógico, já que passava embaixo dele duas vezes ao dia, seis dias por semana - de um perigo anunciado, prestes a causar uma tragédia incálculavel, já que alí passa uma média de CEM MIL VEÍCULOS POR DIA, entre automóveis, caminhões, vans, kombis e ônibus, na maioria das vezes lotados!









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O mesmo ocorreu com esses suportes de cabos das fotos abaixo, que ficam na Rua Bartolomeu Mitre, na quadra da praia, local de passagem de milhares de pedestres que vão e voltam da praia, com muitas crianças incluídas entre elas. Esses suportes ficaram expostos mais de um ano sem que ninguém tomasse uma providência, nem mesmo eu, que passo ali todos os dias para pegar minha condução para o trabalho. Tirei as fotos mas nunca entrei em contato com as empresas responsáveis (Light, Ôi ex-Telemar?).
Até que um dia do primeiro semestre passei ali e os suportes haviam sido trocados, para meu alívio e de muita gente, suponho...





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No caso abaixo ocorre um desleixo do poder público como organizador do espaço público, a ganância necessária e caótica de um povo pobre e abandonado pelas elites políticas do país e temos o caos instalado. Notem que em um espaço menor que dez metros quadrados se espremem um carrinho vendendo tapioca, uma senhora com um isopor vendendo bebidas, com outro carrinho vendendo cachorro quente e outra pessoa vendendo churrasquinho mais uma multidão saindo da praia. Eu passei ali naquela meiúca e afirmo que não foi nada fácil nem agradável, seja pelo espreme-e-empurra quanto pelo cheiro insuportável da fumaça do churrasco de carne suspeita.
Onde estão os Wallies? Ou seja, o elemento organizador e mantenedor do direito e da liberdade de ir e vir e o outro, o agente sanitarista, o repressor de práticas alimentícias nocivas às pessoas?




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Agora vem o caso do recolhimento do lixo no final do domingo na orla. Lógico que é preferível ver a praia limpa e é louvável que os freqüentadores e vendedores recolham seu próprio lixo e o depositem nos recipientes corretamente. Mas é visível que eles não são suficientes e o que vemos é um cenário deprimente e constrangedor para uma cidade com as praias urbanas mais lindas do mundo e de natureza tipicamente turística. Além do que algumas pessoas, mesmo tomando essa iniciativa, continuam jogando o lixo em qualquer lugar, abandonando-o no chão, mesmo tendo galões vazios ao alcance da mão. Dá para notar quantidades grandes de lixo invadindo pistas da ciclovia e da pista de veículos, expondo muita gente ao risco de acidentes.
O que deveria ser feito? Aumentar a quantidade de galões em toda a extensão da orla é um bom começo. Iniciar o recolhimento mais cedo, em uma primeira fase, antes de recolher todo o lixo que os garis acumulam na limpeza da areia é outro, ao invés de recolher tudo junto. Lógico que outras soluções existem, mas cabe ao poder público criá-los e executá-los. Pagamos impostos para isso!
Comecei a fotografar em Ipanema ás 17:36h e terminei ás 19:16h no final do Leblon. Essa sessão de fotos ocorreu no dia 30 de dezembro de 2007. Confiram vocês mesmos o cenário:























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